“Uma escola efetiva é aquela em que os alunos progridem mais do que o previsto, consideradas as suas características sociofamiliares de origem. Portanto, uma escola efetiva agrega valor extra à aprendizagem de seus alunos, em comparação com outras escolas que atendem uma população semelhante”.
Mortimore 1991, Scheerens 2000, Sammons 2001.
Com uma certa adaptação em relação aos textos originais, este conceito de escola efetiva (eficaz, à época) é um dos mais completos (sob a ótica do desempenho escolar), na minha compreensão. Todos os estudos mais robustos, iniciados pelo famoso Relatório Coleman, em 1966, apontam uma variedade de fatores extra e intraescolares (muitas vezes interdependentes e correlacionados) associados ao desempenho acadêmico. Em todos os estudos realizados, a questão do background familiar e do contexto escolar são considerados essenciais.
Desta forma, a análise de efetividade de uma escola não pode cair no equívoco de achar que todas as escolas e alunos sejam iguais, exatamente pelas diferenças de contextos e condições de origem, dentre outros fatores. Em função disso, o diagnóstico (da escola e do aluno) precisa ser individualizado, de forma a traçar o planejamento assertivo, em busca dos resultados almejados.
Neste sentido, é preciso tomar cuidado para “importar” receitas de bolos do que funciona em um país, um estado, uma rede de ensino, uma escola, sem se preocupar com a realidade e o contexto de onde se adotará. Esta é uma das relevâncias de uma gestão escolar profissional, competente, colaborativa e de qualidade.
